segunda-feira, 1 de outubro de 2012

F-86 SABRE

O North American F-86 Sabre começou como um projeto de caça a jato de asas retas para a Marinha, o FJ-1 Fury. Mas os dados aerodinâmicos capturados dos alemães, somadas às ideias da NACA (National Advisory Committee for Aeronautics; em português Comitê Nacional para Aconselhamento sobre Aeronáutica), foi a agência espacial norte-americana antecessora da NASA), convenceram os engenheiros da North American a projetarem asas e cauda enflechadas para o avião. O resultado disso foi o F-86.



F-86A-5


  • Caça diurno de um tripulante
  • Alcance de translado: 1.032 milhas
  • Velocidade máxima a 35.000 pés: 601 mph
  • Razão de subida: 7.470 pés/min
  • Teto de serviço: 48.000 pés
  • Armamento: 6 metralhadoras .50″ (12,7mm), foguetes de 5″, bombas de Napalm até 2.000lb sob as asas.




No final de 1944 a North American estava desenvolvendo estudos baseados no modelo NA-134, o qual originou o FJ-1 Fury da US Navy, tratava-se de um caça a jato convencional de asa em ângulo reto e propulsionado por uma turbina Allison TG-180. Sensivelmente na mesma data, a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos da América encomenda um avião similar, nomeado projeto NA-140 e do qual resultaria o F-86. Após a apresentação da maqueta, a qual foi aprovada, o fabricante propôs a incorporação de uma asa em flecha com um ângulo de 35º, baseada nos estudos efetuados pelos alemães e que conduziram ao Me-262, os quais demonstravam o incremento da velocidade sem que fosse necessário um grande aumento de potência.

Em 1 de Outubro de 1947 voou pela primeira vez o protótipo XP-86A, propulsionado por uma turbina General Electric J35-C-3 mas produzida pela Chevrolet, posteriormente reequipado com o mais potente J47-GE-3 e então designado YF-86A, devido a reestruturação das designações atribuídas aos aviões da USAF. Ainda durante a fase de construção dos três protótipos, foram encomendados os primeiros 33 F-86A de produção final de um total que atingiu as 554 unidades, durante a sua construção foram sendo equipados com novas atualizações de motor: J47-GE-3J47-GE-7J47-GE-9 e J47-GE-13.


Seguiram-se o F-86E, também um interceptor diurno, com melhorias evidentes no desempenho com a introdução de motores melhorados. O F-86F, o mais representativo da série, e o que mais envolvimento e sucesso teve durante o conflito na península Coreana, constituindo-se como o oponente mais capaz do MIG-15. Foi ainda usado como caça-bombardeiro com sucesso, embora não fosse essa a sua vocação, introduziu uma asa optimizada para altitudes elevadas, pela adição de mais 30 cm no comprimento e a utilização de slats permitiu uma maior estabilidade a baixa altitude e baixa velocidade, necessárias para o bombardeamento e ou ataque ao solo.
Após o final da Guerra da Coreia, surgiu o caça bombardeiro F-86H, equipado com o mais potente motor J75 da General Electric, maior capacidade de combustível, entradas de ar mais largas, trem de aterragem mais resistente, travões aerodinâmicos acionados hidraulicamente, flaps acionados por energia elétrica e um mecanismo mais confiável de ejeção de cargas externas, canopy em forma de concha similar à usada pelo F-86D. O armamento interno foi também revisto, a partir do 116.º exemplar construído foram introduzidos 2 canhões de M-39 de 20mm, substituindo as seis metralhadoras de 12.7mm.

Cockpit
F-86D começou por ser o F-95A, um interceptador para todas as todas as condições meteorológicas de dia e de noite, armado apenas com uma bateria de 24 foguetes de alto explosivo, radar de pesquisa AN/APG-36 e motor com pós combustão J47-GE-17B posteriormente J47-GE-33 e destinava-se a interceptar formações de bombardeiros em penetração pelo espaço aéreo Norte-Americano, se encontra-se caças inimigos usaria a potência do seu motor para fugir. Por se entender que era mais fácil obter fundos para o seu desenvolvimento, se fosse considerado uma evolução de um projeto já existente e não um novo modelo, foi decidido designa-lo F-86D. O F-86K foi a sua versão de exportação, após a resolução de parte dos problemas mecânicos e de eletrônica.

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