segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MIG-21

Mikoyan-Gurevich MiG-21 (em russoМикоян и Гуревич МиГ - 21designação da OTANFishbed) - é um caça, originalmente construído pelo gabinete de design Mikoyan- Gurevich, na União Soviética. Era conhecido popularmente pelos pilotos polacos como "balalaika", dada a sua semelhança com esse instrumento de cordas de origem russa. Foram produzidos aproximadamente 10.000 exemplares das suas muitas variantes. 



É o segundo avião militar mais produzido após a Segunda Guerra Mundial, depois do Lockheed C-130 Hercules. As primeiras versões são consideradas como caças de segunda geração, enquanto as últimas versões são considerados caças de terceira geração. Cerca de 50 países em quatro continentes utilizaram o MIG-21 e ainda está ao serviço de muitas nações, passado meio século após o seu vôo inaugural. Este avião estabeleceu recordes: pelo menos de nome, é o avião supersônico mais produzido de sempre na história da aviação, e o avião de combate mais produzido depois da Guerra da Coreia, sendo ainda o avião de combate com a mais longa produção de sempre, tendo em conta as suas diversas versões (1959-1985).


O primeiro protótipo com asa delta (nomeado Ye-4, também conhecido como E-4) fez seu primeiro voo em 14 de Junho de 1956, e em 1959 os Mig-21 entraram em serviço.



O MiG-21 esteve em ação frequente na Guerra do Vietnã e foi um dos aviões mais avançados do seu tempo. Porém, muitos pilotos do Vietnan do Norte preferiam pilotar o MiG-17, devido ao "peso das asas" nos MiG-21. Com um peso grande nas asas, o MiG-21 não era tão ágil ou manobrável como o Mig-17. Tendo suas asas em delta, foi o primeiro avião soviético que servia tanto como caça quanto como interceptador. Era um avião leve, chegando até Mach 2 usando um motor de pós-combustão relativamente fraco, sendo comparável ao americano F-104 Starfighter e ao francês Dassault Mirage III.






Também foi usado extensivamente nos conflitos do Oriente Médio durante os anos de 60 e 70, pelas forças aéreas do Egito, Síria e Iraque contra Israel. Esse avião era inferior ao F-15 Eagle que foi comprado por Israel nos anos 70. A Força Aérea da Índia foi um dos maiores utilizadores deste avião depois de ser usado na Guerra Indo-Paquistanesa com bons resultados. Essa guerra testemunhou o primeiro combate aéreo supersônico em que um MiG-21 derrubou um F-104 Starfighter.
Esses caças foram usados no começo da Invasão soviética do Afeganistão mas logo foram substituídos, naquele conflito, pelos novos MiG-23 e MiG-27.
Devido a falta de informação, detalhes do MiG-21 eram frequentemente confundidos com os caças similares Sukhoi em desenvolvimento.
Atualmente calcula-se que existam 1500 MIG-21 e F-7 (versão chinesa dessa aeronave) em serviço em várias partes do mundo. Algumas de suas qualidades, como alta velocidade ascensional, rápida aceleração, rusticidade, agilidade e fácil manutenção, ligadas a uma devida modernização de aviônica, ainda o fazem uma ferramenta útil mesmo nos dias atuais.



terça-feira, 2 de outubro de 2012

MIG-15

Mikoyan-Gurevich MiG-15 (em russoМикоян и Гуревич МиГ-15) foi um avião de caça desenvolvido para a União Soviética por Artem Mikoyan e Mikhail Gurevich. O MiG-15 foi um dos primeiros aviões a jato de asas em flecha bem sucedido, alcançou a fama nos céus da península Coreana onde o seu desempenho ultrapassava todos os caças inimigos e ficou em pé de igualdade com o F-86 Sabre.



O MiG-15 também serviu como ponto de partida para o desenvolvimento de um caça mais avançado, o MiG-17, o qual se oporia aos caças norte-americanos na Guerra do Vietnan na década seguinte. Pensa-se que o MiG-15 foi o avião a jato construído em maior número, com cerca de 12 000 unidades construídas, não contando com as unidades construídas sob licença, fora da União Soviética, as quais poderão atirar os valores para 18 000 unidades. O MIG-15 continuou seu serviço até meados dos anos 1990 em serviço, nos países aliados à Rússia.




MiG-15

  • Caça diurno de um tripulante
  • Alcance de translado: 1.250 milhas
  • Velocidade máxima a 40.000 pés: 655 mph
  • Razão de subida: 9.055 pés/min
  • Teto de serviço: 51.000 pés
  • Armamento: 2 canhões de 23mm, 1 canhão de 37mm,  foquetes e bombas até 1.100lb sob as asas.

O MIG-15 foi concebido em 1946 para um requerimento soviético que requisitava um interceptador para grande altitude e de alta capacidade para abater alvos estratégicos. O projeto concebido na Mikoyan Gurevich foi de uma aeronave de asa enflechada, o que mostrou uma grande quantidade de idéias alemãs no projeto. Até 1947 não havia um motor adequado para o MIG-15, até que o governo inglês vendeu 25 motores Rolls Royce Nene para a Rússia. Os russos prontamente colocaram-se para criar um motor de força similar.






COMBATE:

O MiG-15 podia subir mais rápido que o Sabre em todas as altitudes, embora o último fosse ligeiramente mais rápido em voo nivelado. O teto operacional superior do MiG-15 dava-lhe uma vantagem inicial, por causa da maior aceleração num mergulho, mas o Sabre era mais pesado e por isso tinha um mergulho sustentado melhor.


As subidas do MiG-15 e as curvas apertadas (exceto em altas velocidades) lhe davam vantagem, mas esses pontos positivos eram contrabalançados pelo pobre controle em altas velocidades, a baixa taxa de rolagem e a instabilidade direcional em grandes altitudes.Seu armamento (dois canhões de 23mm e um de 37mm) era melhor para interceptação de bombardeiros do que para “dogfight”.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

F-86 SABRE

O North American F-86 Sabre começou como um projeto de caça a jato de asas retas para a Marinha, o FJ-1 Fury. Mas os dados aerodinâmicos capturados dos alemães, somadas às ideias da NACA (National Advisory Committee for Aeronautics; em português Comitê Nacional para Aconselhamento sobre Aeronáutica), foi a agência espacial norte-americana antecessora da NASA), convenceram os engenheiros da North American a projetarem asas e cauda enflechadas para o avião. O resultado disso foi o F-86.



F-86A-5


  • Caça diurno de um tripulante
  • Alcance de translado: 1.032 milhas
  • Velocidade máxima a 35.000 pés: 601 mph
  • Razão de subida: 7.470 pés/min
  • Teto de serviço: 48.000 pés
  • Armamento: 6 metralhadoras .50″ (12,7mm), foguetes de 5″, bombas de Napalm até 2.000lb sob as asas.




No final de 1944 a North American estava desenvolvendo estudos baseados no modelo NA-134, o qual originou o FJ-1 Fury da US Navy, tratava-se de um caça a jato convencional de asa em ângulo reto e propulsionado por uma turbina Allison TG-180. Sensivelmente na mesma data, a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos da América encomenda um avião similar, nomeado projeto NA-140 e do qual resultaria o F-86. Após a apresentação da maqueta, a qual foi aprovada, o fabricante propôs a incorporação de uma asa em flecha com um ângulo de 35º, baseada nos estudos efetuados pelos alemães e que conduziram ao Me-262, os quais demonstravam o incremento da velocidade sem que fosse necessário um grande aumento de potência.

Em 1 de Outubro de 1947 voou pela primeira vez o protótipo XP-86A, propulsionado por uma turbina General Electric J35-C-3 mas produzida pela Chevrolet, posteriormente reequipado com o mais potente J47-GE-3 e então designado YF-86A, devido a reestruturação das designações atribuídas aos aviões da USAF. Ainda durante a fase de construção dos três protótipos, foram encomendados os primeiros 33 F-86A de produção final de um total que atingiu as 554 unidades, durante a sua construção foram sendo equipados com novas atualizações de motor: J47-GE-3J47-GE-7J47-GE-9 e J47-GE-13.


Seguiram-se o F-86E, também um interceptor diurno, com melhorias evidentes no desempenho com a introdução de motores melhorados. O F-86F, o mais representativo da série, e o que mais envolvimento e sucesso teve durante o conflito na península Coreana, constituindo-se como o oponente mais capaz do MIG-15. Foi ainda usado como caça-bombardeiro com sucesso, embora não fosse essa a sua vocação, introduziu uma asa optimizada para altitudes elevadas, pela adição de mais 30 cm no comprimento e a utilização de slats permitiu uma maior estabilidade a baixa altitude e baixa velocidade, necessárias para o bombardeamento e ou ataque ao solo.
Após o final da Guerra da Coreia, surgiu o caça bombardeiro F-86H, equipado com o mais potente motor J75 da General Electric, maior capacidade de combustível, entradas de ar mais largas, trem de aterragem mais resistente, travões aerodinâmicos acionados hidraulicamente, flaps acionados por energia elétrica e um mecanismo mais confiável de ejeção de cargas externas, canopy em forma de concha similar à usada pelo F-86D. O armamento interno foi também revisto, a partir do 116.º exemplar construído foram introduzidos 2 canhões de M-39 de 20mm, substituindo as seis metralhadoras de 12.7mm.

Cockpit
F-86D começou por ser o F-95A, um interceptador para todas as todas as condições meteorológicas de dia e de noite, armado apenas com uma bateria de 24 foguetes de alto explosivo, radar de pesquisa AN/APG-36 e motor com pós combustão J47-GE-17B posteriormente J47-GE-33 e destinava-se a interceptar formações de bombardeiros em penetração pelo espaço aéreo Norte-Americano, se encontra-se caças inimigos usaria a potência do seu motor para fugir. Por se entender que era mais fácil obter fundos para o seu desenvolvimento, se fosse considerado uma evolução de um projeto já existente e não um novo modelo, foi decidido designa-lo F-86D. O F-86K foi a sua versão de exportação, após a resolução de parte dos problemas mecânicos e de eletrônica.