terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Manfred von Richthofen, O Barão Vermelho!

Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen nasceu em Breslau, Silésia, no então Império alemão (agora Wrocław, Polônia), Richthofen mudou-se com sua família para Schweidnitz (agora Swidnica, Polônia), quando tinha nove anos de idade. Em sua juventude, Richthofen apreciava caçar a cavalo e equitação e foi estudar na Inglaterra no Lincoln College,Oxford. Depois disso ingressou na escola militar. Após terminar o treinamento de cadete, juntou-se ao Regimento nº 1 de Uhlan como membro da cavalaria em 1911.




Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, era um oficial da cavalaria e foi chamado ao dever nas frentes ocidental e oriental, servindo de escolta para o exército alemão. Perto de maio de 1915, entediado com essa função, Richthofen pediu para ser transferido à Força Aérea. Transformou-se num observador aéreo.

Inspirado pela oportunidade de conhecer o grande piloto de combate Oswald Boelcke, Manfred decidiu tornar-se ele próprio um piloto. Mais tarde, Boelcke selecionou von Richthofen para juntar-se ao grupo de elite Jagdstaffel ("grupo de caça"), JASTA 2. Von Richthofen ganhou seu primeiro combate aéreo sobre Cambrai, França, no ano de 1916.
Manfred, como muitos de seus companheiros pilotos, era muito supersticioso. Ele nunca saia em missão sem ser beijado por alguém querido. Isto tornou-se rapidamente um hábito difundido entre todos os pilotos de combate.
Ainda em janeiro de 1917, ele tomou a decisão que lhe garantiria o apelido imortal. Como um gesto de desafio, von Richthofen decidiu pintar o seu biplano Albatros D.III completamente de vermelho, a fim de ser reconhecido facilmente pelo inimigo. Seus colegas de esquadrão ficaram preocupados, pois isso o tornava um alvo fácil para os adversários e decidiram também pintar seus aviões com a mesma cor. Mas Richthofen foi claro: O único completamente vermelho deveria ser o dele.

Para poder ter o direito de personalizar a pintura de seu avião, o piloto deveria provar ser um excepcional caçador, para se defender dos ataques que viriam. Mais tarde, o próprio Richthofen escreveria:

"Por alguma razão, um belo dia, eu tive a idéia de pintar meu avião de vermelho vivo. O resultado foi que absolutamente todos passaram a conhecer meu pássaro vermelho. Por sua vez, meus oponentes também não estavam completamente desavisados."

Richthofen foi conhecido na sua época como "der rote Kampfflieger" (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.



Surgia, assim, a lenda do "Circo Voador", apelido dado às coloridas aeronaves em razão de suas cores berrantes. Seus ensinamentos surtiriam efeito e sua unidade virou um ninho de ases: Ernst Udet (62 vitórias), Lothar von Richthofen (40 vitórias), Kurt Wolf (33 vitórias), Karl-Emil Schäfer (30 vitórias), Carl Allmenröder (30 vitórias), Hermann Göring (22 vitórias), Hans Klein (22 vitórias), Wilhelm Reinhard (20 vitórias) e vários outros.



Depois de sua 18ª vitória, von Richthofen recebeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época e assumiu o comando do Jagdstaffel 11.. Antes disso, em 23 de novembro de 1916, ele derrubou o ás da aviação britânico Lanoe Hawker, chamado as vezes de "o Boelcke Britânico". Isto aconteceu quando von Richthofen ainda voava num Albatros D.II. Entretanto, após esta batalha, foi convencido de que necessitava de um avião com maior manobrabilidade, embora isto implicasse uma perda de velocidade. Infelizmente para ele, o Albatros foi o avião padrão da Força Aérea Alemã até o fim de 1917, e o barão voou num Albatros modelo D.III e depois num D.V.. Em setembro daquele ano Richthofen estava pilotando um Fokker Dr. I, o avião triplano ao qual ficou mais associado e que foi projetado por Anthony Fokker. 



Entretanto, das 80 vitórias em combates aéreos, apenas 20 ocorreram quando o Barão utilizava o triplano.


Em 21 de abril de 1918, a Staffel de Manfred von Richthofen envolveu-se num combate com a Squadron 29da Royal Air Force nas cercanias de Vaux-sur-Somme. Durante a perseguição ao piloto de caça canadense Arthur Roy Brown sobre linhas inimigas, Richthofen foi atingido por um projétil, possivelmente uma Flak australiana (canhão anti-aéreo) no peito, conseguiu aterrissar, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Seu triplano foi desmontado e suas peças levadas como souvenirs.
Em 22 de abril de 1918, o herói da aviação alemã foi sepultado pelas forças inimigas em Bertangles(França), com honras militares.
Em 1921 seus restos mortais foram transladados para o cemitério militar alemão em Fricourt (França).
Em 20 de novembro de 1925, novamente foram transferidos por Karl Bolko von Richthofen, seu irmão, para Berlim onde em cerimônia oficial com a presença do Presidente alemão Paul von Hindenburg, membros do governo, militares e numeroso público, foi sepultado no Invalidenfriedhof.
Em 1975 foram finalmente transferidos para o jazigo da família no Südfriedhof em Wiesbaden, onde repousa ao lado de seu irmão Bolko e sua irmã Elisabeth.


Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen foi, (e ainda é) considerado ainda hoje como o "ás dos ases", com certeza é o piloto de caça mais famoso.


O Esquadrão "Anti-Barão-Vermelho"

Conforme informações não confirmadas pelas autoridades envolvidas, a desenvoltura de Manfred von Richthofen, e por fim o abate do famoso aviador ingles Major Lanoe George Hawker desencadeou medidas concretas e específicas na Força Aérea do Reino Unido, como o objetivo de eliminar o fator de desequilíbrio dos combates aéreos representado por Manfred von Richthofen, cujo desempenho vistoso se mostrava prejudicial à moral dos combatentes. Neste sentido formou-se uma esquadra de voluntários, cujo foco principal era anular o "fator Manfred von Richthofen". O prêmio pelo cumprimento da missão consistia em :
-Condecoração com o Victoria-Cross.
-Um avião próprio do mesmo modelo usado no combate.
-5.000 Libras Esterlinas.
-Promoção hierárquica.
A esperança inglesa pelo sucesso da missão esvaiu-se na sequência de mais 30 abates de aviões do Reino Unido pelo "Barão Vermelho", que se inseriram no total de 80 combates vencidos até o final da Primeira Guerra Mundial.

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