quinta-feira, 11 de abril de 2013

A-4 SkyHawk

McDonnell Douglas A-4 Skyhawk é um avião de ataque naval especialmente desenvolvido para operar a partir de porta-aviões. Desenvolvido nos anos 1950 para a Marinha dos EUA, o pequeno, econômico, mas versátil Skyhawk continua em uso em diversas forças aéreas do mundo. A aeronave foi concebida e produzida pela Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas).


Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600 kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. 


Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.


O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01 m, peso de 5.440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38 m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões.



 O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de 1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas como YA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1(A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1.118 km/h.


As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes.A último versão produzida para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.

Cockpit "moderno"
No decorrer de sua carreira, o Skyhawk perdeu a função de ataque nuclear mas ganhou a capacidade para operar em qualquer tempo, sendo que a principal modificação visível foi uma espécie de "corcunda" ou "corcova", introduzida, a partir do modelo A-4F, na parte superior da fuselagem, para receber aviônicos. Os aviões assim fabricados (e os modelos mais antigos que também ganharam a "corcova") ficaram conhecidos comocamel (camelo). Mas o A-4 possuía outros apelidos, como bantam (o equivalente em inglês ao peso galo do boxe) e scooter (patinete) uma alusão à grande altura do trem de pouso. Devido ao apelido bantam, alguns pilotos se referiam (referem) ao Skyhawk como galinho-de-briga ou bombardeiro peso galo. Interessante lembrar que o nome Skyhawk significa Gavião do Céu.


A grande versatilidade do Skyhawk fez dele uma ótima opção para diversas forças aéreas ao redor do mundo, razão pela qual o avião ainda continua em plena atividade no início do século XXI. 2.960 aeronaves foram produzidas.

Guerra das Malvinas

Pela Força Aérea e Marinha Argentinas, o A-4 teve destacado papel na Guerra das Malvinas. Aeronaves A-4P e A-4Q (A-4B) e A-4C conduziram diversas missões de ataque durante o conflito do Atlântico Sul, geralmente carregando bombas e realizando ataques anti-navio. As aeronaves da Força Aérea Argentina receberam faixas amarelas e posteriormente azul turquesa como forma de identificá-las como "amigas" perante as baterias de artilharia anti-aérea argentina estacionadas nas ilhas Malvinas durante o conflito.  

Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas antes da aplicação das marcações em alta visibilidade

Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas. Notar as marcações em amarelo

Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas

Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas

A Argentina, junto com Israel, foi um dos maiores operadores do Skyhawk. Desde 1998, uma versão modernizada conhecida como A-4AR Fightinghawk está operando pela Força Aérea Argentina. Esta versão está equipada com o radar ARG-1, uma versão do AN/APG-66 do F-16. 36 unidades estão operacionais.

Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A.
Um caça Skyhawk no porta-aviões NAe São Paulo (A-12).
Os AF-1 e AF-1A foram comprados no final dos anos 90 do Kuwait e são aeronaves veteranas de guerra, tendo participado de missões de combate da Operação Tempestade no Deserto no início de 1991. Durante o conflito de 1991 voaram com uma camuflagem em areia, marrom e cinza, além de levarem escrito na lateral da fuselagem as palavras "Free Kuwait".
Os Skyhawk brasileiros ficam sediados na Base Aérea Naval de São Pedro Aldeia (BAeNSPA) e operam embarcados no Porta- Aviões São Paulo.
Em 15/04/09 a Embraer e a Marinha do Brasil assinaram um contrato de $106 milhões para modernização nove AF-1 e três AF-A. Os doze A-4 operacionais da Marinha do Brasil devem ser aposentados no ano de 2025.


A-4 SkyHawk  da Marinha Brasileira
Seu Armamento consisti em dois canhões Colt Mk 12 de 20 milímetros, um em cada asa, com 200 projéteis,(100 tiros  asa), além de uma grande variedade de bombas, foguetes e mísseis transportados num hardpoint sob a fuselagem central e nas asas.
Colt Mk 12 de 20 milímetros