segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A-10 WARTHOG

A/OA-10 Thunderbolt II foi o primeiro avião norte-americano de combate produzido especialmente para suporte aéreo próximo de forças terrestres. Este caça tem uma excelente maneabilidade a baixas altitudes e velocidades, constituindo numa plataforma de ataque com uma ótima viabilidade, podendo atacar alvos terrestres como edifícios,carros de combateinfantaria ou outros veículos.



A inclusão do A-10 na frota aérea não foi bem acolhida pela Força Aérea dos Estados Unidos, que sempre apostou em bombardeiros de grande altitude e os caças de alta performance F-15 e F-16 e se mostrava determinada em delegar o apoio aéreo a helicópteros. O A-10 projetava-se, no entanto, para missões de baixa altitude, lentas, notadamente contra blindados soviéticos estacionados na Europa Oriental.




Este avião provou o seu mérito durante a Guerra do Golfo em 1991, destruindo mais de 1.000 blindados, 2.000 outros veículos militares, e 1.200 peças de artilharia. As baixas foram de apenas 5 aviões, um número bastante inferior ao estimado pelos militares.
Em 1999 o A-10 volta a ser utilizado na Guerra do Kosovo, mais tarde durante a invasão do Afeganistão em 2001 desde a base em Bagram, incluindo a operação Anaconda em Março de 2002, e a Guerra do Iraque de 2003. Nesta última apenas foram utilizados sessenta unidades, sendo destruída apenas uma, perto de do Aeroporto Internacional de Bagdá, já no final da campanha.



O A-10 está projetado para permanecer ao serviço até 2028, quando será possivelmente substituído pelo F-35. Porém, este avião pode permanecer ao serviço indefinidamente devido ao baixo custo e características únicas que o F-35 não poderá incluir, como a metralhadora e a baixa velocidade.



















Gatling

  • GAU-8A Avenger, canhão Gatling de 7 canos de 30 mm com 1,350 cartuchos. A munição padrão é de alumínio com núcleo de urânio exaurido, incendiária e perfuradora de blindagem, numa relação de quatro para um. Velocidade inicial do projétil: 1067 m/s.





sábado, 1 de dezembro de 2012

P 51 Mustang


O North American Aviation P-51 Mustang foi um caça norte-americano de longo alcance com motor a pistão, usado na Segunda Guerra Mundial, na Guerra da Coreia e outros conflitos. Durante a Segunda Guerra, pilotos de Mustang alegaram terem derrubado 4.950 aeronaves inimigas, perdendo apenas para o Grumman F6F Hellcat entre os caças dos Aliados.

O Mustang foi concebido, projetado e construído pela North American Aviation (NAA), em resposta a uma especificação da Grã-Bretanha. O protótipo NA-73X voou pela primeira vez em 26 de outubro de 1940. O caça fora originalmente projetado para utilizar o motor Allison V-1710, certificado para baixas altitudes, e voou operacionalmente pela primeira vez com a Royal Air Force(RAF) britânica, nas missões de reconhecimento aéreo e ataque ao solo. A versão definitiva, o P-51D, era impulsionado pelo Packard V-1650-7, uma versão do Rolls-Royce Merlin produzida sob licença, e armado com seis metralhadoras M2 Browning .50 (12,7mm).


A partir do final de 1943, os P-51B ( e também P-51D desde a metade de 1944) foram usados pela Oitava Força Aérea da USAAF para escoltar bombardeiros pesados em missões sobre a Alemanha. Já a RAF e a Nona Força Aérea da USAAF usavam os Mustangs motorizados com Merlin como caças-bombardeiros, ajudando a consolidar a superioridade aérea dos Aliados em 1944. O P-51 também foi usado em outras frentes Aliadas, como o Norte da África, Mediterrâneo e Itália, além de limitado serviço contra o Japão na Guerra do Pacífico.
No início da Guerra da Coreia, o Mustang era o principal caça usado pelas Nações Unidas até que os caças a jato, incluindo o F-86, ocupassem seu lugar, com o Mustang passando a ser usado como caça-bombardeiro para ataques ao solo. Apesar do surgimento dos caças a jato, o Mustang permaneceu em serviço em algumas forças aéreas até o início da década de 1980. Depois da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coreia, muitos Mustangs foram convertidos para uso civil, especialmente para corridas aéreas.

Em 1938, o governo britânico estabeleceu uma comissão de compra de material bélico com os Estados Unidos, liderada por Sir. Henry Self. Uma das muitas tarefas de Self era organizar a produção de aviões norte-americanos para a RAF. Contudo àquela época as escolhas estavam bastantes limitadas: nenhum dos a aviões norte-americanos possuía os padrões Europeus de construção e desempenho. Apenas o Curtiss P-40 Tomahawk tinha chegado perto, porém mesmo com a fábrica da Curtiss já a funcionar à capacidade máxima, havia dificuldades em atender à demanda por esse avião. A este ponto, o presidente da North American Aviation (NAA), James H. Kindelberger, abordou Self com a visão de vender o novo bombardeiro médio da North American, o B-25 Mitchell. Em vez disso, Self perguntou se a NAA poderia produzir o P-40 Tomahawk sob licença da Curtiss.
A resposta de Kindelberger, foi que a NAA poderia produzir um melhor avião que o P-40, com o mesmo motor, e em menos tempo do que montar uma nova linha de produção para o Tomahawk. Deste início improvável viria a ser criado um dos melhores caças de toda a história. O contrato de compra foi então assinado em abril de 1940. O protótipo NA-73X foi mostrado em setembro de 1940 e realizou seu primeiro voo em 26 de outubro de 1940, apenas 149 dias após a assinatura da compra, um período de desenvolvimento considerado bastante rápido.

A utilização em larga escala da versão C do P-51 Mustang pelas forças aéreas dos Estados Unidos e Grã-Bretanha foi decisiva para o sucesso e continuidade dos bombardeios de longo alcance sobre a Europa ocupada pela Alemanha e seus aliados, a partir do final de 1943. A aeronave era capaz de, com um tanque de combustível extra, poder atingir autonomia de voo que lhe permitia escoltar na ida e na volta os bombardeiros aliados, tendo capacidade de combate similar aos caças europeus da época.
Antes da introdução do P-51, os bombardeiros pesados aliados B-17 e B-24 dispunham de escolta por caças P-47 Thunderbolt apenas em parte do caminho até o alvo a ser bombardeado, devido ao curto alcance daqueles caças. A Luftwaffe rapidamente aprendeu a atacar os bombardeiros fora do alcance do caças de escolta, causando perdas bastante severas. O P-51, com sua capacidade de penetrar profundamente no território inimigo em missões defensivas de escolta ou ofensivas diretas contra os caças alemães em seu próprio território, foi responsável, em boa parte, pelo sucesso aliado em anular a Luftwaffe e prejudicar o poderio industrial à serviço da Alemanha.

Sua utilização foi igualmente decisiva na Guerra do Pacífico. A partir do segundo semestre de 1944, o P-51 foi utilizado com o mesmo fim: ataques aos caças nipônicos em território inimigo e, principalmente a partir de fevereiro de 1945, como caça de escolta aos bombardeiros americanos, tendo como base principal o aeródromo de Iwo Jima. Note-se que o último contra-ataque japonês nesta batalha foi um ataque noturno justamente contra o acampamento dos pilotos de P-51.


Seus principais defeitos, a fragilidade do sistema de refrigeração líquida ante ao fogo antiaéreo de pequeno calibre, e a instabilidade de voo para manobrar quando armado com bombas ou foguetes, fez com que, para ataques terrestres, os aliados ocidentais tanto na Europa quanto no oriente, privilegiassem a utilização de outros aviões para este fim, como o Republic P-47 Thunderbolt, que usava motor radial com refrigeração a ar.